Periodontia ou periodontologia (peri: em volta de, Odonto: dente) é a ciência que estuda e trata as doenças do sistema de implantação e suporte dos dentes. Este aparelho é formado por osso alveolar, ligamento periodontal e cemento. As alterações patológicas do periodonto são chamadas doenças periodontais, como, placa bacteriana, gengivite,periodontite.
A função do periodonto é a inserção do dente ao tecido ósseo dos maxilares e
conservar a superfície da mucosa mastigatória
da cavidade bucal.
O periodonto também é chamado de aparato de inserção ou de tecido suporte do dente e estabelece uma unidade funcional biológica e
evolutiva que sofre modificações com a idade e com relação às modificações do
meio bucal
As doenças gengivais e periodontais, em suas
várias formas, têm afligido a espécie humana desde os primórdios da história.
Pesquisas em paleopatologia têm sido indicado que a doença
periodontal destrutiva, evidenciada pela perda óssea, afetou os primeiros
humanos em diversas culturas, tais como o antigo Egito e a primitiva América Pré-colombiana.
Os registros históricos mais antigos que tratam de temas médicos revelam
consciência da doença peridontal e a necessidade de tratamento. Quase todos os
primeiros escritos preservados possuem seções e capítulos referentes a doenças
orais e problemas periodontais tomando um espaço significativo nestes
documentos.
Doenças Periodontais
A gengivite e a periodontite são as duas
categorias mais prevalentes de doença periodontal, destacando-se pela sua
gravidade ou especificidade: a GUNA - Gengivite
ulcerativa necrosante aguda -, periodontite
pré-puberal, periodontite
juvenil, periodontite rapidamente progressiva, periodontite
em adultos e periodontite
refratária.
As doenças periodontais vêm sendo classificadas
há vários anos em dois grupos principais:
gengivite
periodontite
gengivite
Gengivite
Denomina-se gengivite
a inflamação da gengiva que contorna os dentes. Afetam adultos e crianças
atingindo grande parte da população.
As características
clínicas principais são sangramento da margem gengival ao escovar os dentes ou
espontaneamente, vermelhidão, edema e mudança de textura (flacidez) da gengiva.
A causa principal é o acúmulo demasiado de bactérias (placa) entre a gengiva e
o dente. A gengivite causa desconforto, sangramento e mau hálito.
Se a gengivite
persistir por longos períodos, meses ou anos, poderá evoluir para uma
periodontite que tem como principal dano a perda de suporte dos dentes, podendo
evoluir até a perda dos dentes.Periodontite
A periodontite é uma inflamação que
vai além da gengiva alcançando o tecido ósseo subjacente, o ligamento
periodontal e o cemento radicular formando a bolsa periodontal; ou seja um
espaço entre a gengiva e o dente maiores que 3 milímetros de
profundidade, e acarretando em perda óssea. Muitas bactérias encontradas em
bolsas periodontais produzem toxinas.
Estas toxinas podem ser a maior
causa do processo destrutivo dos tecidos periodontais. E uma vez destruído o
osso e principalmente o ligamento periodontal dificilmente vamos conseguir a
regeneração destes tecidos.
Este processo inflamatório é
acompanhado de um processo imune, ambos atuam no tecido gengival a fim de
proteger o homem contra o ataque microbiano e prevenir que estes avancem ou
invadam os tecidos, em alguns casos estas reações de defesa do hospedeiro podem
ser prejudiciais ao próprio hospedeiro podendo danificar células e estruturas
do tecido conjuntivo adjacente. Assim as reações inflamatória e imune podem
estender-se em profundidade sob a base da bolsa no tecido conjuntivo, podendo
envolver o osso alveolar neste processo destrutivo. Este processo “defensivo”
pode paradoxalmente explicar muitas das injúrias teciduais observadas na
gengivite e periodontite.
A consequência da periodontite, quando deixada
sem tratamento, pode ser a perda do elemento dental, mobilidade dental,
sensibilidade dental, abscessos, espaços aumentados (diastemas)
entre os dentes, modificação na estética do sorriso, e várias consequências com
relação à oclusão.
A enfermidade ocorre
mais freqüentemente em indivíduos adultos acima de 35 anos. Pode também, com
menor freqüência, atingir pessoas jovens ou até mesmo crianças.
Alterações sistêmicas
como a diabetes podem influir na marcha de progressão da doença.
Fumo e stress são
também coadjuvantes que contribuem para uma maior perda de sustentação em
periodontites ativas (não tratadas).
As características nem
sempre são perceptíveis principalmente no início e somente o exame clínico e
radiográfico poderão identificar a doença.
Valorize-se
Cuide de sua Saúde!
Abraços,
Soraia R. Sobral