segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Salas de Espera aconchegantes e humanizadas

" A humanização em saúde é resgatar o respeito à vida humana, levando-se em conta as circunstâncias sociais, éticas, educacionais e psíquicas em todo relacionamento humano.

Neste sentido a humanização é valida para todos os departamentos do ambiente da saúde, incluindo o projeto inicial de arquitetura e decoração.

Nos estabelecimentos da saúde, onde é freqüente a ocorrência de situações críticas e estressantes, envolvendo relações interpessoais e indivíduos com algum grau de sofrimento físico e/ou psíquico, os fatores ambientais que definem as condições de conforto assumem responsabilidade significativa durante o desenvolvimento do projeto arquitetônico, pois estão diretamente relacionados com a recuperação do paciente. “Enquanto espera pelo atendimento, é muito importante que o paciente esteja acomodado num local confortável, para evitar que o seu mal estar e a sua ansiedade aumentem”, defende Ana Carolina, arquiteta da C+A Arquitetura e Interiores.


A sala de espera de um consultório deve ser projetada de forma a oferecer conforto ao paciente e aos acompanhantes.
Criar um suporte diferenciado oferecendo folhetos explicativos e informativos sobre programas de saúde preventiva, de preferência na especialidade do profissional ou a colocação de uma TV e fazer um vídeo educativo de curta duração sobre os procedimentos realizados na clínica e sobre os integrantes da equipe da clínica são possibilidades em que o paciente já se sente acolhido.

Para amenizar a espera

Além de uma iluminação adequada, o projeto de luminotécnica nos ambientes de saúde deve contemplar também o estudo do impacto dos efeitos biológicos e psicológicos da luz sobre os usuários da clínica.. “Devemos considerar ainda as características específicas das atividades e procedimentos, dos equipamentos e tecnologias utilizados no consultório e as suas demandas de luminosidade”, explica a arquiteta Ana Paula Naffah Perez, diretora de projetos da C+A Arquitetura e Interiores.

O clima tropical do Brasil proporciona condições para um maior aproveitamento da luz natural no interior das edificações. “A iluminação natural traz diversos benefícios para a saúde, além de proporcionar a sensação psicológica de tempo, tanto cronológico quanto climático. A luz artificial, necessária à noite e nos dias nublados, deve ser vista sempre como uma complementação e nunca como uma substituição da luz natural”, destaca Perez.

Um pouco de cor

As pesquisas e estudos sobre o uso das cores nos ambientes de saúde têm reforçado o quanto estes elementos podem contribuir para o conforto e recuperação dos pacientes. “A cor pode ser entendida como uma poderosa linguagem que afeta não apenas as sensações psicológicas, mas também desperta os sentidos e a percepção do espaço, influenciando o estado de espírito das pessoas.


Em ambientes menores deve-se optar em usar tonalidades suaves. Analise: O que quer o paciente ao procura-lo para uma consulta? É sair em equilíbrio mais relaxado mesmo que não tenha tido bons resultados. 
Algumas cores como o amarelo, deve ser evitado, principalmente em consultórios odontológicos, pois é provado em pesquisa que esta cor torna o paciente mais consciente da dor.  Tambem não é recomendado, criar um clima hospitalar de branco total.
Em alguns ambientes principalmente nos maiores pode-se ousar, deixando uma das paredes num tom mais forte e/ou até quente.

Atenção ao banheiro: Ele é um cartão de visitas e precisa estar sempre impecável. Facilite a limpeza dando preferência ao piso em cerâmica, use também revestimento cerâmico que poderá ser colocado só em meia parede. Invista no espelho e nos acessórios, principalmente não esqueça do apoio para bolsas.

Os quadros devem estar de acordo com a decoração, e isso inclui as molduras. Uma sala de espera mais clássica pede molduras em tom de ouro velho. Decoração contemporânea aceita molduras retas ou mesmo tela sem moldura, pendure-os na parede mais colorida ou em evidência.


Servir ou não servir um cafezinho?

A rigor, nenhuma clínica ou consultório é obrigado a servir bebidas ou comidas para os pacientes. Entretanto, a partir do momento em que esta opção é feita, tudo o que for servido deve refletir a preocupação e o cuidado do profissional de saúde – em alguns casos da instituição – com os seus pacientes. Consultórios e clínicas que atendem pacientes diabéticos, gestantes e idosos devem contar com um estoque de alimentos apropriados, que possam ser oferecidos, apesar da dieta restrita destes pacientes.

A escolha da água, do café, do chá, do suco ou de um lanche rápido deve ser feita levando em conta a qualidade destes produtos e o público alvo. O cuidado, aqui, se estende às louças, copos, bandejas, tudo deve ser escolhido para reforçar o lado positivo desta prestação de serviços.


Abraços,

Soraia Sobral